quarta-feira, 1 de julho de 2015

HISTÓRIA QUE O POVO CONTA.

     Chovia muito quando Cláudia ouviu batidas fortes na porta da frente, era fim de tarde, escurecia e chovia muito lá fora.
      Quando abriu a porta viu uma moça, jovem ainda, muito pálida, toda molhada com um bebe nos braços, Cláudia mandou que ela entrasse, olhou para fora e pode perceber que a rua estava deserta.
       Correu para pegar toalhas e roupas secas para a mulher e para o bebe, coincidencia ou não elas tinham o mesmo porte físico e Cláudia também tinha um bebezinho do tamanho daquele.
        A moça disse chamar-se Rute e seu filho João, Cláudia foi
providenciar as roupas e as toalhas, mas quando poucos minutos depois voltou só encontrou João deitado chorando no sofá, Rute tida sumido.
          Cláudia tirou as roupinhas molhadas do bebe e amamentou-o, pois tinha muito leite, sem saber o que fazer foi até o quarto e trouxe o seu filhinho Pedro para a sala e ficaram os três ouvindo o barulho da chuva forte que caia lá fora e esperando pelo marido de Cláudia que estava tão nervosa com o ocorrido que não sabia o que fazer.
           Cerca de uma hora depois chega em casa o marido de Cláudia e surpreende-se ao ver aquele bebezinho lá, sua esposa lhe conta o ocorrido e ele fica tão surpreso quanto ela, e como chovia muito ainda, resolveram esperar até o dia seguinte para irem até o conselho tutelar e relatar o ocorrido, pois não queriam sair com as crianças naquele tempo horrível.
            Como faziam toda noite depois do jantar ligaram a T.V para assistirem o noticiário local, quando a reportagem mostrou a foto de uma moça que havia falecido a poucas horas atrás em um acidente de carro, Cláudia deu um grito  e disse ao marido, que era aquela moça que havia estado na casa deles e deixado o bebe, e a reportagem continuava dizendo que havia uma cadeirinha de bebe no acento de trás do carro e com certeza a criança tinha sido jogada fora do carro.
             Imediatamente o marido de Cláudia ligou para o resgate dizendo que o bebe estava com eles e assim que os policiais chegaram não acreditaram na historia deles e foram levados para a delegacia.
             Pela manhã a irmã de Rute, Raquel chega a delegacia e garante ao delegado que a história com certeza era real, pois conhecendo tão bem sua irmã ela jamais abandonaria seu filho a própria sorte que mesmo sem vida deu um jeito de protege-lo.

            "" Não sei se é verdade, só sei que esta é mais uma história que o povo conta"".

                               Sílvia Pérola.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário